A proximidade com o Rio Tejo, onde existe um conjunto de espécies de sabor apreciável, fez com que Sarilhos Grandes desenvolvesse uma gastronomia regional com características muito próprias. A fauna piscícola, nesta zona, inclui as enguias, lamejinhas, linguados, robalos e taínhas, sendo os pratos mais tradicionais o ensopado de enguias, lamejinhas abertas ao natural e a caldeirada à fragateiro.
Esta freguesia continua a apostar no artesanato, fazendo-se trabalhos em barro, sobre diversas temáticas, como os bonecos tradicionais, santos, presépios e candeeiros.
O património histórico desta freguesia inclui a Ermida de Nossa Senhora da Piedade e a Igreja de São Jorge, sendo este o orago da freguesia, festejado em Julho, através de uma festa em sua honra. O coreto, o moinho de maré, o edifício da junta de freguesia, o depósito de água, do início do século XX, e os lavadouros, são outros dos monumentos que podem ser visitados nesta freguesia.
A VISITAR:
• Estuário do Tejo
• Monumento à Passagem do Milénio, da autoria do escultor João Duarte. Este utilizou o inox escovado, o mármore e a pedra. Foi inaugurado a 25 de Abril de 2001
• Junta de Freguesia – foi criada em 18 de abril de 1848
• Depósito de água - 1954
Construído em Dezembro de 1954, com a finalidade de abastecer as povoações mais próximas, como Lançada, Hortinha e Sarilhos Grandes. As obras de abastecimento iniciaram-se no dia 10 de Junho de 1962.
• Escola do Plano Centenário do 1ºCiclo 1945
• Jardim de Infância datado de 1987
• Coreto datado de 1957
Indício de um tempo mais antigo, os coretos são o símbolo de uma época em que o lazer e a festa faziam parte da rua. Este coreto situava-se na praça Gomes Freire de Andrade, no Montijo, onde foi construído em 1928 pela Banda Filarmónica 2 de Janeiro.
É um interessante exemplar de arquitetura, onde o ferro forjado foi trabalhado ao rigoroso detalhe.
Atualmente situa-se na Avenida 5 de Outubro, em Sarilhos Grandes.
• Moinho da Maré Século XIII
Pertencente a Quinta da Lançada, o moinho de maré foi criado em 1386 por Álvaro Gonçalves, com a autorização do rei D. João. Em função dos interesses da Quinta da Lançada, o Moinho servia para a utilização de energia renovável, fins agrícolas e laboração regular dos rodízios.
Segundo testemunhos históricos, utilizava técnicas moageiras nacionais, muito utilizadas e eficazes. Este deixou de exercer qualquer função Industrial por volta da 2ª metade do século XX.
Atualmente qualquer visitante poderá observar as suas ruínas sendo que a única possibilidade de lá chegar é de forma pedestre.
• Depósito de água, datado de 1954
Construído em Dezembro de 1954, com a finalidade de abastecer as povoações mais próximas, como Lançada, Hortinha e Sarilhos Grandes. As obras de abastecimento iniciaram-se no dia 10 de Junho de 1962.
• Lavadouros 1960
Construído com o intuito de servir a população que então lavava a roupa à mão, fica situado na Rua do Poço Novo.
• Capela da Nossa Senhora da Piedade Século XV
Precedida por uma galilé de arco duplo, esta pequena ermida está adoçada à parede norte da igreja de São Jorge e com ela comunica por uma porta interior, mandada rasgar em 1904. É obra quinhentista que se referência no reinado de D.Manuel I, de estilo ogival coberta por uma cúpula terminada em bico, constituída por um alpendre aberto e por um espaço fechado, onde se localiza o altar. No seu interior destaca-se a existência de azulejos Hispano árabes relevados, um altar em brecha da Arrábida e no chão, uma lápide com inscrição em letra gótica:
"AQVI IAS RUI CVTRIM DE CASTANHEIRA FIDALGO DA CASA DE EL REI DÕ MANUEL I".
Cobre-a um teto de nervuras com bocete no fecho e quatro estribos, de bases recamadas e boleadas, no suporte dos artesãos.
• Igreja de São Jorge Século XVI
É uma reconstrução do tempo de D. João V, concluída em Maio de 1740, mas pode ter vindo a substituir-se a uma anterior edificação. Isto, se admitirmos que uma das lápides sepulcrais situadas no chão datada de 1583, se encontrava originalmente no interior do templo.
De resto, em 1571, é já mencionada, numa visitação feita pela Ordem de Santiago à “Capela curada de São Jorge de Sarilhos”. O interior é de uma só nave, com as paredes decoradas por azulejos azuis e brancos, representando cenas da vida de São Jorge. No teto, de abóbada de estuque, existe uma pintura representando a Exaltação de São Jorge, da autoria de Pereira Cão, nome pelo qual era conhecido nos meios artísticos do fim do século XIX, o notável pintor e azulejista José Maria Pereira Júnior.
A capela-mor é lateralmente revestida com dois painéis de azulejos azuis e amarelos, que figuram a Apanha do Maná no Deserto, Abraão e Melquisedec. Cobre a capela-mor um teto pintado, representando o Santíssimo Sacramento e no pavimento estão duas lápides com as seguintes legendas:
"AQUIA IAS ANTº.COTRIN DE MELº.FIDALGO DA CAZA DEL REI NOSO SOR 1583 E Sª.DE Pº. FÃZ HOVELHO E SEUS ERDEIROS".
O retábulo do altar-mor é de talha dourada setecentista e enquadra uma tela muito deteriorada, figurando São Jorge matando o Dragão, obra secundária do século XVIII. Nos altares colaterais, já na nave, estão colocados retábulos de talha do século XVII e o do lado da Epístola ostenta ainda uma escultura de madeira figurando Nossa Senhora da Piedade.
Exteriormente, um pequeno patamar de cantaria dá acesso à porta principal e o telhado é de duas águas, anunciado ao nível da cimalha por um curioso frontão interrompido, o que realça a verticalidade do pórtico e das frestas gradeadas laterais, as inferiores apoiando-se numa silharia que tem gravada, em relevo, a cruz de Santiago.
À direita, desponta a torre sineira, no zimbório da qual foi implantado (1975) um relógio elétrico doado pela população. Na face sul, localiza-se a sacristia, onde é de assinalar um magnífico arcaz e o lavatório bem lavrado, com duas torneiras de argola, em latão.
EVENTOS ANUAIS
• Festas Populares de Sarilhos Grandes em Honra de São Jorge (festa anual no mês de julho)
• Feira da Gastronomia e da Flor - Lançada